21 de setembro de 2017

coisas memoriais

fonte
«Ao mesmo tempo, D. João V lançava a primeira pedra daquela vasta mole de granito e mármore que aí está chamada mafra, cousa de triste e pavoroso aspecto, monumento que a si se levantou um braço real, como se a qualidade do braço o ressalvasse, posteridade além, da nota de se ter imergido no tesouro da pátria, tirando e espalhando às rebatinhas mãos-cheias de ouro que deviam cair em estradas, em colónias, em benefícios da navegação, em benefícios da agricultura, em recultivação das terras de D. Dinis, cujos arados D. Manuel e João III converteram em espadas e mandaram ensopar no sangue das nações de além-mar.»

Camilo Castelo Branco, o Judeu [1866], Silveira, E-Primatur, 2016, p. 120.

Sem comentários:

Enviar um comentário